Usinas

Bioinsumos: o novo seguro agrícola para a sustentabilidade financeira dos canaviais

Manejo biológico já possui participação superior a 50% no controle de pragas e doenças na cana-de-açúcar

Bioinsumos: o novo seguro agrícola para a sustentabilidade financeira dos canaviais

A crescente demanda por açúcar e etanol gera grande entusiasmo no setor sucroenergético. Além do crescimento demográfico que impulsiona o consumo, tanto de açúcar quanto de etanol, novos países também se tornam potenciais consumidores.

Ademais, a substituição dos combustíveis fósseis pela bioenergia também cresce ao passo que se ajusta com os veículos híbridos movidos a eletricidade e bioenergia, ambas fontes energéticas produzidas nas usinas de cana−de−açúcar.

Ainda para elevar o otimismo, o CBIo (crédito de carbono) permite sensíveis acréscimos na rentabilidade, incentivos também já estruturados pela certificação Bonsucro disponível no mercado. No entanto, embora otimistas, ainda existem importantes desafios associados à produção da matéria−prima, a cana−de−açúcar, que, totalmente dependente do fator clima, fica susceptível a sevaras quedas de produtividade, como ocorre na atual safra.

LEIA MAIS > Grupo Nardini lança Pedra Fundamental de sua segunda usina

As restrições climáticas de 2021, seja por seca, geada, ou a soma destes dois eventos, deixam suas rudes marcas, pois já ocorrem registros de quebras de até 20% na produtividade de alguns canaviais. Além disso, os canaviais que sobrevivem ao estresse se tornam debilitados fisiologicamente, o que os torna mais susceptíveis ao ataque e propagação das pragas e doenças, o que gera dificuldades de controle também nos subsequentes ciclos.

Assim, com vistas ao controle mais eficiente, tanto em agilidade e eficácia quanto em tempo residual de ação dos manejos, os insumos biológicos ganharam avanços em suas formas de utilização, doses, tecnologias e formulações para auxiliar os manejos químicos, gerando reduções de custos e resultados superiores.

Como resultado disso, a Blink Strategies registrou crescimento na taxa de adoção dos insumos biológicos na cana−de−açúcar da ordem de 30% no último ano. Em algumas unidades de produção de cana, o manejo biológico já possui participação superior a 50% no controle de pragas e doenças.

Tais manejos, entregam melhoria contínua na saúde do solo e no ambiente de produção. Nestas unidades, a queda na produtividade, devido à seca e geada da atual safra, foi de apenas 5% a 8% ao passo que nas unidades vizinhas, a redução na produtividade foi de 20% a 22% e já anteciparam o final de safra.

A matéria faz parte da edição 331 do JornalCana. Para ler clique AQUI!

Banner Evento Mobile