De acordo com informações da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercados Agropecuários — Ceema, a produção mundial de milho deverá continuar crescendo, pois o mesmo é o principal produto, rico em energia, para a alimentação animal e geração de combustível vegetal nos EUA. Assim, a produção nos próximos 10 anos deverá chegar a um bilhão de toneladas anuais, já tendo alcançado a 706,3 milhões de toneladas no período 2004/05. Deste total, o consumo nos próprios países produtores chega a 96%, comprovando que o produto visa o mercado interno. Somente os EUA, diante do forte aumento no uso do etanol, oriundo do milho, chegam hoje a uma produção próxima a 300 milhões de toneladas, ou seja, quase a metade da produção mundial. O consumo per capita mundial, que era de 98,7 quilos/habitante/ano em 2000/01, alcançou a 103,27 quilos em 2004/05. No entanto, é importante considerar que este cereal compõe decisivamente as rações animais e este é o seu principal mercado.
Depois dos EUA, a China é o outro grande produtor do cereal, alcançando o segundo lugar em 2004/05, com 128 milhões de toneladas. Em terceiro lugar, está o Brasil, com 42 milhões de toneladas em 2003/04. O maior importador individual de milho tem sido o Japão com 16,8 milhões de toneladas em 2004/05, seguido do México com 6,3 milhões de toneladas. A União Européia (25 países) tem importado, nestes últimos anos, entre 2,5 a 5,5 milhões de toneladas. Entre os exportadores, destacam-se os EUA, com 45 a 48 milhões de toneladas nestes últimos dois anos, seguido da Argentina com 14 milhões de toneladas e, posteriormente, a China com algo entre 5 a 7 milhões de toneladas no período. Assim, a maior parte – cerca de 87% – do fornecimento de milho para o comércio mundial do cereal sai destes três países.