O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou na última semana, em Fortaleza/CE, da abertura do Proenergia 2021, evento realizado anualmente pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O Proenergia 2021 ocorrerá de forma virtual, em moderna plataforma digital, e terá foco no panorama atual, mirando as oportunidades e desafios do setor. Além do ministro Bento Albuquerque, compareceram à cerimônia de abertura o deputado federal Danilo Forte, coordenador da Frente de Energias Renováveis da Câmara dos Deputados, o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, o presidente do Sindienergia-CE, Luís Carlos Queiroz, e o secretário Adão Muniz, da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado do Ceará.
Bento Albuquerque abriu sua fala abordando a questão da escassez hídrica que o país atravessa. Falou sobre a evolução da matriz elétrica brasileira e mostrou como a capacidade elétrica instalada mais do que dobrou nos últimos 20 anos. Somente em 2021, segundo o ministro, a expansão de geração aumentou em 13%, e de transmissão, em 15%. “Ontem tivemos a reunião ordinária o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e constatamos que estamos atravessando esse período de escassez hídrica com total governança e vamos chegar ao final do ano do mesmo jeito, com total governança também, fruto das medidas que adotamos desde outubro do ano passado”, destacou, otimista, o ministro.
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Bento Albuquerque ressaltou a importância do planejamento no setor elétrico e afirmou que o Nordeste será um grande exportador de energia, não só para o Brasil, mas, também, com o hidrogênio verde, para o mundo. “Isso está no nosso Plano Nacional de Energia 2050, que, após 14 anos parado, foi resgatado quando assumimos o MME”, lembrou o ministro.
Também lembrou o Plano Decenal de Energia 2030, cuja expectativa é de 25% da matriz com geração eólica e fotovoltaica, e 49% com geração hidráulica. Essa complementariedade, segundo o ministro, é que irá prover a segurança energética que o Brasil necessita para o seu desenvolvimento sócio econômico e para o fornecimento de energia a custos mais baixos.
“Os investimentos que ocorrerão estão nos nossos planos”, lembrou Bento Albuquerque, afirmando que só no setor de energia elétrica, no mercado regulado, serão investidos R$ 400 bilhões. No setor de petróleo, gás e biocombustíveis, os investimentos serão da ordem de quase R$ 2,7 trilhões, nos próximos 8 anos.
Em seu discurso, Bento Albuquerque também citou o Programa Nacional de Hidrogênio, que aponta para R$ 30 bilhões em contratos, lembrou a presença do Brasil liderando o Diálogo de Alto Nível na Assembleia Geral das Nações Unidas, e garantiu que hoje, ao celebrar os 1000 dias de governo, constata a implementação de tantas ações, com destaque para a realização de 11 leilões, com investimentos contratados de R$ 34 bilhões e dezenas de empregos gerados em todo o Brasil.
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Em sua apresentação, Bento Albuquerque mostrou que, no setor de petróleo, gás e biocombustíveis, em apenas 5 leilões, foram contratados investimentos da ordem de R$ 419 bilhões. “E vamos ainda realizar o 2º maior leilão de petróleo e gás do mundo, dos excedentes da Cessão Onerosa, dos campos de Sépia e Atapu, que irão trazer investimentos da ordem de R$ 200 bilhões”, ressaltou, entusiasmado.
Bento Albuquerque encerrou sua participação no evento destacando o setor da mineração no país, lembrando que, ao assumir o ministério, a retomada da mineração de urânio, que estava parada desde 2013, seria uma prioridade. De acordo com o ministro, os minerais, hoje, são o primeiro item da balança comercial brasileira, particularmente o minério de ferro, e o crescimento na arrecadação foi da ordem de 209%.
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“Saímos de uma arrecadação de R$ 1,5 bilhões da Cefem, para R$ 10 bilhões de reais em 2021”, lembrou. “Parabenizo o que o Ceará tem feito para o desenvolvimento do país, particularmente no setor de energia, e outros investimentos em urânio, fosfato e minério de ferro que estamos realizando aqui no Ceará. Tudo isso será muito expressivo nos próximos anos”, concluiu Bento Albuquerque.