
O governador Camilo Santana anunciou na quarta-feira (1º), a instalação de um projeto piloto para implantação de uma usina de hidrogênio verde no Ceará, que será a primeira do Brasil.
Com capacidade de produção de 250 Nm3/h do gás, a nova usina deverá iniciar a operação já em dezembro de 2022, atraindo um total de R$ 41,9 milhões de investimento feito pela multinacional EDP do Brasil.
Camilo celebrou que o Ceará está se tornando a casa do hidrogênio verde. “Temos apostado muito nessa energia limpa, e a EDP já gera mais de 350 empregos diretos no Ceará no Porto do Pecém com sua termelétrica, que produz quase a metade do consumo de energia de todo o Estado”, disse.
Instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a planta será a primeira do grupo, com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável. A unidade modular terá capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás.
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O projeto da usina de H2 foi apresentado pelo CEO da EDP no Brasil, João Marques da Cruz. “Considerando que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no país, seja por seu excepcional potencial solar e eólico – fundamental para a produção do gás – seja por sua localização e pela oferta de excelente. A infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional, elegemos o estado para abrigar nossa primeira planta de hidrogênio verde no Brasil. Este projeto posicionará o Ceará de forma pioneira na geração de conhecimento sobre o tema e no centro de uma vasta cadeia produtiva e de aplicação desse combustível”, afirmou.
A usina de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém, instalada em São Gonçalo do Amarante (CE), que deve gerar o combustível limpo com garantia de origem renovável, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos a jusante e montante da produção do hidrogênio.
Ao longo do projeto, serão analisados a cadeia produtiva do gás; modelos de negócios; parcerias estratégicas com indústrias, empresas de serviços e empresas automotivas; geração e armazenamento do combustível; e adaptações em mobilidade utilizando o gás hidrogênio, nos transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo.