De acordo com o Boletim Mensal de Energia do Ministério de Minas e Energia (MME), a demanda total de derivados de petróleo cresceu 7,5% de janeiro a maio de 2021 com relação ao mesmo período de 2020. O consumo de energia elétrica segue no mesmo ritmo, com indicador de 6,9%.
O consumo total de gás natural teve aumento ainda maior no mesmo período, de 16,3%, influenciado por um aumento de 46% no uso para geração de energia elétrica. O baixo regime de chuvas e consequente redução da geração hidráulica têm resultado em maior geração por térmicas a combustíveis fósseis.
Vários indicadores de maio de 2021 sobre maio de 2020 (segundo mês mais afetado pela pandemia do COVID-19 após abril) mostram expressiva recuperação: altas de 182% nas vendas de querosene de aviação, de 37% na demanda total de gás natural, de 22% no consumo de veículos leves do ciclo Otto, de 19% no consumo de derivados de petróleo e de 12% no consumo de eletricidade. Na indústria, a produção de aço teve alta de 40% e as vendas de cimento, de 15%.
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A combinação dos indicadores de energia indica que a demanda total de energia – toda energia necessária para movimentar a economia do país – poderá crescer 4,3% nos 12 meses de 2021, tendo uma maior proporção de fontes fósseis, as mais afetadas em 2020 pela pandemia do COVID-19.
Nas renováveis, estima-se que a energia solar venha a crescer acima de 40% e a eólica perto de 20%, ainda que no consumo total não haja expansão por conta de recuos na hidráulica e nos produtos da cana-de-açúcar.
Estes e outros indicadores estão disponíveis no Boletim Mensal de Energia de maio de 2021, do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIE/SPE/MME), que pode ser acessado aqui.