O governo brasileiro e o setor privado deverão acompanhar de perto as negociações envolvendo a União Européia no que se refere às implementações de sua nova política de açúcar depois de condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo Elisabe Seródio, secretária da área de relações internacionais do Ministério da Agricultura, o governo deverá acompanhar as negociações com a UE para a efetiva mudança em sua política de açúcar.
Nesta quinta-feira, dia 28 de abril, a OMC confirmou a vitória do Brasil, Austrália e Tailândia, que questionaram a política de subsídios do bloco ao açúcar. A UE resolveu apelar da decisão, mas os juízes da OMC decidiram manter a decisão anterior.
Os juízes da OMC reconheceram que a UE importa 1,6 milhão de toneladas de açúcar de suas ex-colônias na África, Caribe Pacífico (ACP) pagando US$ 600 a tonelada, e reexporta o mesmo produto, subsidiado, por um valor três vezes menor. No processo, também foi julgado ilegal o mecanismo de “subsídio cruzado” da UE, pelo qual um subsídio interno serve também para a exportação de açúcar em condições desleais.