A safra de cana-de-açúcar 2020/21, finalizada em março, foi marcada por resultados recordes na história de 96 anos da Usina Coruripe, uma das maiores empresas do setor sucroenergético no país, com quatro unidades produtivas em Minas Gerais e uma em Alagoas.
O faturamento de R$ 3,16 bilhões, um aumento de 28,9% em relação à safra anterior (R$ 2,45 bilhões) e o lucro líquido (que cresceu 331,9%: de R$ 78,3 milhões para R$ 338,3 milhões) são alguns dos destaques das demonstrações financeiras auditadas pela PwC Brasil, divulgadas nesta quinta-feira (1).
A receita líquida cresceu 30,5%, passando de R$ 2,33 bilhões (safra 2019/20) para R$ 3,04 bilhões (safra 2020/21), e o Ebitda chegou a R$ 1,13 bilhão, o que representa um aumento de 16,6% em relação à safra anterior (R$ 967,8 milhões).
Em relação à moagem na safra 2020/21 (14,4 milhões de toneladas), houve uma queda de 1,4% em comparação com a safra anterior (14,6 milhões de toneladas).
Essa pequena redução de volume processado foi compensada pela qualidade da cana e obtenção de melhores preços de venda de açúcar e etanol, tanto no mercado interno quanto no externo”, explica o presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto.
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A produção total de açúcar foi de 22,7 milhões de sacas de 50kg, uma elevação de 12% em relação à safra 2019/20 (20,3 milhões de sacas). Já o volume de etanol produzido (476,6 milhões de litros) foi 5,8% menor que na safra anterior (505,8 milhões de litros).
A geração de energia elétrica chegou a 737,2 mil megawatt/hora (MWh), 3,1% a mais que os 714,7 mil MWh da safra passada. A eficiência industrial subiu de 86,78% para 86,94%. “Nossos investimentos constantes direcionados aos canaviais e modernização tecnológica, além do trabalho de uma equipe de colaboradores engajados, são fundamentais para os ótimos resultados obtidos”, avalia Lorencatto.
De acordo com o diretor financeiro da Coruripe, Thierry Soret, outra conquista na safra 2020/21 foi relacionada à dívida líquida da companhia, que foi reduzida em cerca de R$ 169,5 milhões (-6,01%).
“Também tivemos, no ano passado, avanços na avaliação de risco da empresa e a conclusão do reperfilamento da dívida em acordo com oito bancos, o que representou alongamento do fluxo de pagamento e incluiu uma redução no custo dos empréstimos em dólar e em real”, ressalta Soret. Ele afirma que os resultados dessa safra confirmam um novo patamar para a companhia e indicam um futuro promissor da “Nova Coruripe”.