Mercado

"Cana de fornecedor parece dietética"

Alegando que os atuais custos de plantio e de manutenção dos canaviais tem dificultado a vida do fornecedor de cana, um grupo independente de produtores da região de Ribeirão Preto (SP) reuniram-se em agosto último, em Jardinópolis (SP) para discutir a questão e reivindicar mudanças na composição do Consecana. A reivindicação tem total apoio de Antônio Celso Cavalcanti, presidente da Feplana – Federação dos Produtores de Cana do Brasil. “Do jeito que está o fornecedor vai quebrar”, diz Cavalcanti.

Os fornecedores estão insatisfeitos com o método de pagamento de cana praticado no Estado e reivindicam que seja agregado em sua composição negócios como bagaço, torta, KWA, vinhaça, credito de carbono e outros subprodutos, “que hoje fazem com que o álcool e o açúcar não estejam sozinhos no bom resultado financeiro das indústrias”, afirma o fornecedor Chafi Nader.

Antônio Celso Cavalcanti explica que o movimento de fornecedores de cana está ganhando força no país porque os produtores estão se sentindo lesados e a maioria não consegue entender a fórmula do Cosecana. “Até parece que nossa cana é dietética. Acho que o lucro não pode ficar só com as usinas, a fórmula deve beneficiar a todos. O Brasil tem aproximadamente 66 mil fornecedores, o governo tem que intervir urgentemente, o próprio ministro da Agricultura está preocupado”.

Para Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste/Orplana, o Consecana acompanha o mercado. “Se o mercado está bom, beneficia a todos. Estamos contratando uma equipe para rever os custos de produção para atualizar o Consecana. O industrial sempre vai trabalhar pelos melhores preços de mercado e eu como presidente da associação devo pensar no todo”.

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