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Ufes obtém patente de processo que transforma casca de coco em etanol

Processo cria alternativa de combustível “altamente sustentável”

Ufes obtém patente de processo que transforma casca de coco em etanol

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), conseguiu no último dia 29, a concessão da patente de um processo na área de biotecnologia que promete transformar a matéria da casca de cocos verdes em etanol.

Registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) com o título “Processo de hidrólise enzimática sob alta pressão hidrostática a partir de resíduos agroindustriais“, a Patente de Invenção PI 1104157-9 A2 confere ao desenvolvedor de novos produtos e processos a garantia de que, por um determinado período, ninguém mais produzirá ou comercializará tal inovação sem a autorização de quem a patenteou.

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A pesquisa com resíduos agroindustriais, dentre eles o coco verde, foi desenvolvida pelo Laboratório de Biotecnologia Aplicada ao Agronegócio, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes. Participaram da iniciativa a estudante de doutorado Érica Albuquerque e os professores Antônio Alberto Fernandes e Patrícia Fernandes.

Em nota, a Ufes classificou o processo como “inovador” e “altamente sustentável”, destacando que esta é a sétima patente que o Inpi confere à instituição federal de ensino. Ainda segundo a universidade, o método de produção de bioetanol celulósico a partir do uso de enzimas capazes de “acelerar” reações químicas e, assim, degradar a celulose presente nas células vegetais pode vir a ser utilizado industrialmente.

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De acordo com o professor Fernandes, o processo é uma alternativa economicamente viável na busca por fontes alternativas de etanol. Além disso, proporciona o aproveitamento e a eliminação de resíduos gerados pela atividade agroindustrial.

“O processo utiliza-se de enzimas celulases sob alta pressão hidrostática e temperatura moderada para atividade celulásica como parte do processo de sacarificação para a produção do bioetanol celulósico. O método pode ser utilizado na indústria de biocombustíveis, que utiliza a hidrólise enzimática como parte do processo de sacarificação para a produção de etanol”, explica.

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