O Brasil deve ultrapassar a faixa de US$ 80 bilhões em exportações neste ano. A previsão foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, na entrevista coletiva que concedeu depois de se reunir ontem com o Grupo de Acompanhamento de Conjuntura Econômica do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Para Furlan, a sinalização do setor privado é positiva. Só em minérios, o país deve exportar mais US$ 1 bilhão; a previsão para o complexo soja é de vender US$ 3 bilhões a mais e no setor de transportes o incremento esperado é de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões com a venda de aviões.
No setor siderúrgico, as exportações serão reduzidas, com o objetivo de reter matéria prima para o mercado interno. No entanto, posteriormente será possível aumentar o valor agregado dos produtos vendidos ao exterior, trazendo compensação à balança comercial.
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A reunião contou com a participação do secretário especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ministro Jaques Wagner, e de representantes da iniciativa privada. Um dos assuntos em pauta foi a simplificação na formação de empresas, que permitirá o incremento da oferta de emprego.
Além disso, haverá compensações para as importadoras de produtos para a área industrial, no que se refere a tributação de PIS/Cofins, nos casos em que a utilização desses componentes vai ser feita efetivamente anos depois. Segundo Furlan, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci já sinalizou que esses casos podem receber um exame à parte.
Furlan disse que um dos pontos da agenda do governo para ativar a política de exportações é a ampliação da área de logística, que está sobrecarregada. Ele afirmou também que 690 produtos vão ser retirados do controle prévio para exportação, a fim de desembaraçar sua venda no exterior. Mais de 3 mil agentes da rede estão sendo treinados para o comércio exterior, num ano em que vai haver significativo treinamento de empresas de pequeno e grande porte para o trabalho de exportação. (Fonte: Agência Brasil)
