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Pólo de Biocombustíveis terá plano de ações para dez anos

Com o intuito de manter e ampliar a capacidade competitiva do Brasil na produção da energia renovável, através de esforços no desenvolvimento de pesquisas, demonstração e disseminação dos resultados obtidos com a cana-de-açúcar, bem como de seus sub-produtos, da madeira e de outros produtos (soja, girassol, etc), foi criado o Programa Nacional Biocombustíveis, com a geração de um Pólo com sede e coordenação na USP/ESALQ.

Para tanto, será elaborado um plano de ações, com um cronograma físico-financeiro e humano, para o período de dez anos, com projetos voltados aos interesses do setor produtivo. Este Programa associará, efetivamente, órgãos públicos e privados, através de empresas setoriais e universidades, agregando suas fontes, conhecimentos e sistemas aos recursos humanos disponibilizados pelas entidades associadas ao Programa.

A idéia do Pólo é de se criar uma base para operar a infra-estrutura necessária para sua aplicação, fornecendo suporte ao desenvolvimento das pesquisas básicas e aplicadas no campo da agricultura energética, com ênfase na cana-de-açúcar e seus derivados, tanto em sua fase agrícola como no processamento de seus produtos e sub-produtos, além da madeira e de outros produtos (soja, girassol, etc).

Estabelecido, o projeto será aplicado na região, contando com ativa participação das Universidades e Centros de Pesquisa que compõem o programa, tudo sob a coordenação da USP/ESALQ que indicará o local físico da sede e definirá a responsabilidade pela elaboração dos conceitos das cadeias produtivas da cana-de-açúcar, óleos vegetais e madeira.

Como um dos maiores desafios da ciência, neste século, será superar a exaustão das fontes fósseis de energia, um dos principais fatores que motivaram a criação do Pólo Nacional de Biocombustíveis, foi o de integrar este tipo de fonte energética com a renovável, propiciando a geração de empregos e a diminuição das emissões poluentes dos veículos, atingindo, de maneira efetiva, setores importantes como a área econômica e a de saúde pública.

Desde a crise do petróleo, ocorrida na década de 1970, o Brasil foi o país que apresentou o mais importante projeto de energia renovável do mundo, com o Programa Nacional do Álcool – Proálcool, onde o desenvolvimento tecnológico obtido através da produção do etanol, elevou o uso do álcool a condição de combustível.

As pesquisas de utilização dos resíduos obtidos na produção da cana-de-açúcar (uso do bagaço na sobra de seu processo industrial e das suas folhas), onde boa parte é queimada no campo, revelam um potencial energético excepcional, sendo possível produzir, atualmente, 5.000 MW de energia elétrica em co-geração.

Contando com o envolvimento de instituições públicas e privadas, este Programa poderá traçar um futuro promissor para o país, com relação a novas descobertas em setores estratégicos como o de biomassa, através da vocação e capacidade de se produzir pesquisas neste campo. Outra grande vantagem do Brasil é possuir know-how e infra-estrutura, em nível nacional, de similar inigualável do mundo.

O Projeto será discutido oportunamente com o governo federal que orientará a melhor forma de captação de recursos, ao lado das parcerias públicas e privadas envolvidas no Programa. (Fonte: Assessoria de Comunicação – USP)