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Sindaçúcar/PE avalia safra destacando perfil do setor

O presidente do Sindaçúcar/PE – Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Pernambuco, Renato Cunha, considera como “bom em termos operacionais (campo e indústria)” o desempenho das usinas destilarias pernambucanas na safra 2003/04, já em seu quinto mês. Mas adverte que “a equação da matriz financeira é bastante árdua, pois os custos aumentaram muito e as receitas involuíram”.

Pernambuco deverá produzir cerca de 16 milhões de toneladas de cana nesta safra, ou 10% acima da safra passada de 14,6 milhões de toneladas. O presidente do Sindaçúcar/PE atribui o bom desempenho do setor “ao momento favorável pós 2000/2001 (fim do período de três safras com quebras provocadas pelas longas estiagens), ao Governo Estadual com os Prorenor e Proresul (recomposição das lavouras do fornecedor de canas), e, ao fato de já estarmos sabendo conviver com as intempéries climáticas”. Ele explica ainda que “houve, onde existia topografia menos acidentada, avanços em irrigação e edificações de barragens de acúmulo de água”.

Além disso, Cunha acrescenta a contribuição da modernização industrial, “fruto de reinvestimentos”. O segmento, afirma, acredita na região, “posto que os mercados externo e interno são acessíveis à boa logística nordestina”. Além disso, comenta que “o crescimento de consumo na região em muitos casos é superior ao do País: Bahia e Pernambuco estão entre os nove primeiros PIB´s do País. O Ceará também é importador de açúcar e álcool. Se o espetáculo do crescimento vier, encontrará nosso segmento pronto para o suprimento. Soubemos nos preparar para quaisquer antecipações que sejam necessárias e não vamos vacilar em suprir um mercado ascendente”.

Leia na edição de janeiro do JornalCana Nordeste reportagens sobre os investimentos que estão fazendo as usinas e destilarias nordestinas e ainda qual política de atuação das entidades representativas.