Mesmo com as perspectivas de bons patamares dos valores de açúcar e de etanol para o próximo ano, as usinas precisam de novas estratégias de diversificação para garantir a sua rentabilidade. Neste sentido, os subprodutos gerados a partir da produção do adoçante e do biocombustível vêm ganhando cada vez mais relevância nos planos de expansão das empresas.
Aliado a isso, a demanda por investimentos ligados à sustentabilidade e às preocupações com as mudanças climáticas – fatos intensificados com a pandemia de Covid-19 – deve ser considerada pelas companhias. Assim, o biogás é um desses subproduto apontado como estratégia de diversificação promissora para a 21/22.
De acordo com levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2030, o Brasil tem potencial para produzir 43 milhões de metros cúbicos diários de biogás produzido a partir da vinhaça e torta de filtro. O volume representa mais que o dobro do volume de gás natural que o país importa da Bolívia, que chega a 19 milhões de m³/dia.
O biogás pode substituir o GNV e o diesel e sua produção vem crescendo. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, o número de plantas de biogás, gerados também a partir de outras matérias-primas, passaram de 126 em 2015 para 593, este ano.
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Outro subproduto indicado é o E2G, que já é até usado na indústria de cosméticos e o etanol de milho. Neste caso, já existem 14 usinas produtoras de etanol de milho. Elas são localizadas no Estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A expectativa é que sejam produzidos mais de 2,5 milhões do produto nesta safra.
Uma das estratégias de diversificação que vêm sendo apontada como um sucesso é RenovaBio. O programa, que tem um rigoroso processo de certificação e vem sendo considerado um sucesso, garantindo liquidez para as companhias, já tem 232 unidades produtoras credenciadas, somando também os produtores de biodiesel e biometano.
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A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (UNICA) informou na última semana, que o número de créditos de carbono (CBios) gerados pelos produtores de biocombustíveis e registrados na B3 já superou a marca dos 13 milhões. Esse valor representa praticamente 90% da meta oficial de títulos de descarbonização prevista para 2020 (14,998 milhões).
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