A safra de cana 2002/03 produzida no Nordeste deverá chegar a 49 milhões de toneladas. O volume, que representa cerca de 15% do total produzido no País, será ligeiramente maior que o registrado na safra passada, quando foram produzidas cerca de 47 milhões de toneladas de cana. “Atribuo este crescimento à soma de fatores como a melhoria da produtividade associada a uma precipitação chuvosa menor que a registrada durante o período da colheita passada”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco – Sindaçúcar, Renato Cunha. Segundo as associações do setor sucroalcooleiro, a região já moeu nesta safra cerca de 20 milhões de toneladas.
Dentre os estados nordestinos, o que deverá registrar a maior produção de cana continuará sendo Alagoas. O estado espera obter uma colheita de 23 milhões de toneladas. Em seguida aparece Pernambuco, com uma expectativa de produzir algo em torno de 15,5 milhões de toneladas. A produção da Paraíba deve alcançar o volume de 4 milhões de toneladas. Logo após aparece o Rio Grande do Norte (2,1 milhões/ton.), Bahia (2,050 milhões/ton), Sergipe (1,3 milhão/ton), Maranhão (1,1 milhão/ton. e Piauí (0,27 mil/ton).
Apesar do volume da região ser considerado relativamente pequeno quando comparado com a safra do Centro-Sul, a produção nordestina é considerada estratégica. “A safra de uma região complementa a da outra. Em algumas épocas do ano, a produção nordestina corresponde a 100% da produção nacional daquele período. Isso porque a safra do Centro-Sul e do Nordeste acontecem em épocas diferentes”, explica Cunha.
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De acordo com Renato Cunha, a meta de Pernambuco para os próximos anos é recuperar o índice histórico registrado ao longo dos últimos 20 anos que é de uma safra com 18 milhões de toneladas. “Com isso seremos responsáveis pela produção de 40% de toda a safra do Nordeste. Já fomos o maior produtor regional e a meta é ampliarmos os volumes em questão”, afirma. O estado responde por 35% do volume produzido no Nordeste.
O otimismo também é crescente por parte das usinas. Pelo menos sete empreendimentos pernambucanos deverão anotar uma moagem superior a 1 milhão de toneladas. As expectativas estão depositadas nas usinas Cucaú, Olho D´Água, Pumati, Petribu, São José, Trapiche e Cruangi. Estas unidades deverão responder por cerca de 46% da moagem estadual. Pernambuco atualmente já moeu cerca de 45% da safra prevista. A produção de açúcar deverá ser de 1,2 milhão de toneladas, 16% maior que a registrada na safra 2001/2002. A produção de álcool deverá chegar a 269 mil metros cúbicos. No ano passado a produção de álcool foi de 261 mil metros cúbicos.
