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Stab discute raquitismo de soqueira

Um tratamento considerado simples mas extremamente eficaz no combate ao raquitismo da soqueira é o tratamento térmico. O sistema consiste na imersão da planta em água a uma temperatura de 50,5 graus durante duas horas ou imersão por 30 minutos em água aquecida a 52 graus. “Se o tratamento for efetuado a produtividade ao longo da vida útil da planta pode ser ampliada em 25%. O problema é que os produtores acham o sistema caro. Sai mais caro, a médio e longo prazo, não realizar o tratamento”, diz o engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Marcelo de Menezes Cruz. A importância do tratamento térmico foi discutida esta manhã no 8º Congresso Nacional da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB), que acontece em Recife (PE).

De acordo com Cruz, o raquitismo é um problema mundial. Como a planta praticamente não apresenta sintomas externos a não ser um porte menor, pequeno número de colmos e diâmetro do caule reduzido, o problema é encarado como um mal menor. “A infecção da planta sadia ocorre por causas externas, como no momento do corte ou manuseio da cana cortada. Com isso a produtividade cai”, explica o pesquisador. Na Região Nordeste a incidência do raquitismo é considerado ainda mais grave já que além do entupimento dos vasos ocasionados pela doença, fatores climáticos como a seca agravam a situação dos canaviais.

O dia de hoje do congresso da STAB, além da questão da fitossanidade, também foi dedicado a discussões sobre manejo e controle de pragas externas como ervas daninhas, adubação e melhoria de solos.

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