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Agricultura sustentável em benefício da Amazônia

O fogo é um recurso de trabalho para “limpar” a área a ser plantada. Onde há um foco de calor detectado por satélite há um homem trabalhando, produzindo em pequena escala (posseiro) ou em grande área (empresa), dando serviço a milhares de patrícios, que não são invasores fora da lei.

Devemos nos orgulhar deles, e os que assim não pensam, que se dêem ao trabalho de conhecer o que se passa no sertão e na floresta. A mata alta, dita pesada, é derrubada unicamente para aproveitamento da terra, -e do clima, – em ambiente de tocos e troncos remanescentes, seja com cereais de cova, seja para pastagens.

A soja vem 10/20 anos depois, quando, após apodrecimento, a destoca das áreas em pasto se torna econômica, de custo semelhante ao da abertura do cerrado. Isso está acontecendo em pastagens antigas porque os cerrados ralos, fáceis de serem abertos, estão escasseando ou apresentam difícil acesso, os cerrados pesados, de transição, estão ficando muito onerosos para “limpar”, e a destoca de mata alta é inviável pelo custo.

Note-se também que está aumentando o plantio de soja em solos arenosos, dito frágeis, ora em pasto, porque aprendemos a protegê-los pelo sistema de plantio direto, que tanto mantém como ainda aumenta a fertilidade, assegurando uma agricultura sustentável. É só ir ver para entender.

Nossos ecologistas, quando bem intencionados, deveriam viajar mais, conhecer melhor o Brasil, conversar com os homens que trabalham, saber das dificuldades que os afligem e ajudarem a encontrar solução para os problemas existentes. Poderiam começar visitando o site www.obt.inpe.br/prodes.

Aos ambientalistas por ideologia limito-me a pedir: deixem de atrapalhar e retardar o progresso, e a lembrar: o homem aprendeu

a ir até a lua, mas ainda não sabe obter fotossíntese à sombra do dossel das copas florestais. Daí abrirmos a mata para deixar

entrar luz e poder plantar café, arroz, feijão, milho e pasto com o boi que dá carne, assim capitalizando as chuvas com que a Providência nos premiou.

Perfil da Agrisus

Turbinar projetos de ensino, estudos e pesquisas voltados à conservação e melhoria do solo e condições ambientais envolvidas a fim de qualificar a produção rural do País, segundo critérios de desenvolvimento econômico sustentável.

É com base neste trabalho de fomento à pesquisa e extensão rural aliado ao apoio à capacitação e aperfeiçoamento profissional, que a Agrisus busca promover a geração e difusão de tecnologias destinadas a otimizar a fertilidade da terra de forma sustentável e favorável ao meio ambiente.

“A Agrisus tem por objetivo promover a produção agrícola progressista, econômica e estável, em benefício das gerações futuras”, ressalta Cardoso. “A terra, como já disseram, é um bem que apenas tomamos emprestado daqueles que nos sucederão.”

Convênio

Para o encaminhamento operacional dos trabalhos, a Agrisus mantém um convênio estratégico, desde 2001, com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – FEALQ. Pela aliança cabe a FEALQ acolher para estudo pedidos de financiamento de projetos que, depois de analisados e aprovados, são por ela acompanhados na execução.

Além disso, a Agrisus patrocina congressos, simpósios, seminários, entre outros encontros que se encaixem em suas diretrizes de extensão agrícola e de direção acadêmica em todos os níveis.

Trajetória

A Agrisus nasceu em 24 de abril de 2001. É uma iniciativa da família do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso, fundador do Grupo MANAH (fertilizantes e gado de corte) e seu diretor e presidente de 1947 a 2000.

Segundo diz seu fundador, “a agropecuária e as pessoas que a integram me proporcionaram uma gratificante carreira profissional nos segmentos de fertilizantes e de pecuária de corte”.

“E nada mais justificável que pensar no futuro desse setor econômico, cujo alicerce se apóia na fertilidade do solo e no meio ambiente favorável, a serem promovidos pela Agrisus.”

Para 2004 a Agrisus tem por objetivo conquistar o título de entidade de utilidade pública, com base na lei estadual 2663 de 30 de dezembro de 1980.

Fernando Penteado Cardoso ([email protected]) é engenheiro agrônomo sênior, fundador e ex-presidente da Manah e presidente da Fundação Agrisus.