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Banco garante que faltará etanol no mercado  

Redução poderá gerar aperto no mercado no segundo semestre com a recuperação da demanda

Foto: Arquivo
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A expectativa de uma safra altamente “açucareira” poderá reduzir de 6 a 7 bilhões de litros de etanol nesta safra em comparação ao ciclo 2019/20, estima o Rabobank.

Em relatório Agroinfo Q2 2020, divulgado hoje (19), o banco holandês alerta que a redução poderá gerar um aperto no mercado no segundo semestre com a recuperação da demanda.

O banco afirma que, enquanto o consumo permanece represado no Brasil, o preço de petróleo Brent dobrou entre seu ponto mais baixo, em abril, e o começo de junho.

“Assim, mesmo contando com a valorização do real brasileiro ao longo deste tempo, os preços da gasolina nas refinarias brasileiras voltaram a subir”, observou. Por isso, provavelmente, com a demanda recuperando gradualmente, o preço ESALQ do etanol hidratado que ficou em média R$1,36 /litro durante abril, atingiu R$1,62/litro no começo de junho, valor pouco diferente do patamar observado no mesmo período de 2019.

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O Rabobank acredita que no curto prazo o preço global de petróleo seja vulnerável a uma correção, dado o volume grande de estoque ainda disponível. Mas, após a queima destes estoques e com a redução da produção sendo implementada, haverá condições para sustentar preços mais altos.

Açúcar continua em alta

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Quanto ao açúcar, o Rabobank identifica que o preço do adoçante em Nova Iorque oscilou entre movimentos de alta e queda, com as cotações do petróleo e a taxa de câmbio.

“Os fundamentos tem sinalizado mais oferta do Brasil e dúvidas a respeito do consumo”, diz estudo, ressaltando que as exportações globais deste ano dependerão muito do desempenho do Brasil.

“A situação atual mostra isso, com a demanda externa alta para o açúcar brasileiro, cotado com um pequeno prêmio sobre Nova Iorque, e os portos trabalhando a pleno vapor. Assim, parte da valorização recente do adoçante, pode estar refletindo um tipo de prêmio associado ao risco inédito da pandemia, que poderia impactar operações tanto no Brasil quanto em outros países-chave do mercado, como a Índia”, elucida o banco.

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