“A crise está nos fazendo trabalhar ainda mais para garantir a saúde dos nossos setores de geração, transmissão e distribuição. Temos sido bem-sucedidos até agora e estamos confiantes de que voltaremos mais fortes e as energias renováveis continuarão sendo parte integrante dos nossos planos energéticos para o futuro”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na sexta-feira (29), ao participar de videoconferência com líderes empresariais e autoridades governamentais de energia na Mesa Redonda Ministerial organizada pela Agência Internacional de Energia (AIE) e pelo Governo do Reino Unido sobre a Mobilização de Investimentos para Sistemas de Energia Seguros e Sustentáveis.
O encontro virtual contou com a participação de ministros e autoridades governamentais de 11 países (Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Polônia e Singapura), mais o Diretor Executivo da AIE, Fatih Birol, que debateram com presidentes de dez empresas globais de energia, sobre o status atual e o futuro dos investimentos em energia e sua sustentabilidade e segurança.
O Ministro de Minas e Energia do Brasil detalhou sobre “Como estamos incluindo a energia limpa nos pacotes de recuperação da COVID-19 e visando sistemas elétricos mais sustentáveis e resilientes”.
Albuquerque discorreu sobre a matriz elétrica brasileira, com seu sistema interligado, que exige um planejamento detalhado e cuidadoso, especialmente considerando o tamanho do Brasil e as características e disponibilidades de recursos regionais. “Baseamos nossas estratégias de investimento em um plano de 10 anos e em outro de 30 anos, que estabelecem as diretrizes que garantirão a segurança energética do Brasil e a redução das emissões de carbono”, avançou.
O ministro apontou o atual cenário desafiador de enfrentamento da pandemia em que o Brasil conseguiu garantir, com sucesso, o fornecimento de energia elétrica durante os últimos três meses de distanciamento social e de forte contração da atividade econômica. “Tudo isso só foi possível com a participação muito importante das fontes renováveis em nossa matriz”, destacou.
Albuquerque também falou sobre a necessidade que impôs o adiamento das licitações de energia elétrica previstas para este ano e a reexaminar o planejamento energético para os próximos dez anos (PDE 2030), para sua adaptação às condições impostas pela pandemia da COVID-19 e suas consequências.