O biodiesel começa a ser vendido em novembro em todo o país. Segundo informações do Ministério da Ciência e Tecnologia, Goiás está entre os doze Estados que vão receber até R$ 8 milhões a partir de convênio assinado com o governo federal para comercializar o novo combustível. Também a partir de novembro, o biodiesel será usado para geração de energia elétrica em comunidades isoladas.
O Programa Nacional do Biodiesel é desenvolvido pelo Governo Federal, mas formatado por cada Estado, que define as metas, as culturas prioritárias para geração do biodiesel e outros aspectos de sua implantação e operação. Uma das principais características do programa é seu aspecto de inclusão social, já que o biodiesel deverá ser produzido prioritariamente por pequenos e médios produtores rurais.
A partir de novembro todo o óleo diesel consumido no Brasil terá o acréscimo obrigatório de 2% de biodiesel. O programa, além de desenvolver tecnologia que leve à substituição de parte do óleo diesel derivado de petróleo como combustível para a frota de veículos do Brasil, tem um forte componente social, já que é voltado para o pequeno e médio produtor rural.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o programa do biodiesel será uma das prioridades nacionais.
De acordo com a Anfavea – Associação Nacional de Veículos Automotores e o Ladetel da USP/Ribeirão Preto, dirigido por Miguel Dabdoub, o novo combustível – não causa danos ao veículo e poderá e utilizado sem modificações nos motores. O governador Geraldo Alckmin também se revela entusiasta do programa de biodiesel.
Movimento por venda direta
Tramita pela Câmara dos Deputados projeto que autoriza os pequenos produtores de biocombustível negociarem seu produto diretamente com o consumidor final, sem a intermediação de distribuidores ou postos. O projeto visa somente àqueles que produzem até 30 mil litros por dia, pois são considerados como pequenos e os isenta de impostos federais ao processos de produção e de comercialização.
O objetivo do autor do projeto, o deputado Gervásio Oliveira (PDT-AP), é permitir a efetiva participação de pequenos produtores no mercado e reduzir o preço para o consumidor final. “Atualmente, o álcool hidratado produzido em uma cidade do interior vai para os tanques de armazenamento de uma distribuidora, em cidade muitas vezes distantes, e depois volta para a região onde foi produzido.
Vendendo diretamente o álcool hidratado da microdiestilaria para postos revendedores da região ou para os consumidores finais poderia trazer benefícios para os pequenos produtores locais”, afirma.
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