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Petrobras reduz preço da gasolina e diesel a partir de amanhã (21)

Será o 11º corte feito pela companhia desde o início da pandemia

Branco: não é hora de fazer lobby para baixar impostos
Branco: não é hora de fazer lobby para baixar impostos

A Petrobras anunciou hoje (20) que reduzirá o preço médio da gasolina em 8% e o do diesel (S10 e S500) em 4% nas refinarias a partir de amanhã, terça-feira (21), em resposta à queda dos preços internacionais do petróleo. O barril do petróleo americano caiu US$ 37,63, nesta segunda-feira. É a primeira vez na história que os preços ficam abaixo do custo.

Com a redução feita pela Petrobras, a gasolina passa a custar R$ 0,91 o litro e o diesel R$ 1,46 o litro.  Será o 11º corte feito pela companhia desde o início da pandemia e o menor patamar dos valores dos combustíveis, desde 2005. Na última semana, a companhia já havia reduzido os preços em 8% da gasolina e 6% do diesel.

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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, contou durante o webinar “Energia em Foco: O governo e o futuro”, organizado pela FGV Energia, na última semana, que a gasolina teve uma retração de cerca de 60% e o diesel 40% desde o início do ano.

Branco afirmou que a companhia tomou medidas para manter a sua liquidez em meio à pandemia. “Se o coronavirus tivesse vindo em 2016, a Petrobras seria um paciente de alto risco. Hoje a empresa está bem melhor e preparada, e respondendo rapidamente às questões que nos foram endereçadas, intensificando os cortes de custos para fazer com que a companhia possa sobreviver em cenários de preços de petróleo muito baixos”, disse

Branco: não é hora de fazer lobby para baixar impostos (foto: Agência Brasil)

O executivo ressaltou ainda que não acredita na capacidade do acordo para controle de produção de petróleo,  pela OPEP+ para evitar ainda mais a queda do preço do petróleo no mercado no mundial, pois não terá quem fiscalize.

Diante do cenário atual, a companhia nacional anunciou a redução de sua produção em 200 mil barris/dia, devido à crise provocada pela falta de demanda e também começou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar (Rio Grande do Norte) e Ceará. As plataformas produzem 23 mil barris de petróleo por dia.

“Nossa tarefa é dupla, resolver o problema de curto prazo e construir um futuro ainda melhor para a companhia. Preservamos todos os projetos de pesquisa, que são essenciais para o salto de eficiência e de redução de custo”, disse, afirmando que a empresa pagou R$ 246 bilhões em tributos aos cofres públicos, em 2019, e que, neste ano, a performance não deverá ser igual devido à crise.

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Ao ser questionado sobre investimentos em renováveis, Branco disse que estão pesquisando, mas só vão entrar no negócio se julgarem que têm competência para isso. “Não vamos entrar em um negócio só porque é uma onda, é moda investir em renováveis”.

 O Presidente da Petrobras, ressaltou ainda que toda empresa, privada, estatal e ou de economia mista, tem um papel social a exercer e deve olhar para o consumidor.

“Não é hora de extrair lucros extraordinários às custas do consumidor, nem tão pouco fazer lobby para o Governo para pedir impostos para se proteger da competição. É hora sim de trabalhar com os nossos próprios esforços, vencer essa crise e preparar nossas empresas para o longo prazo”, concluiu.

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