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Usinas avançam contra coronavírus

E demonstram ótimo exemplo de cooperação social

Colaborador da Usina Cevasa desinfecta ônibus para transporte de funcionários
Colaborador da Usina Cevasa desinfecta ônibus para transporte de funcionários
Colaborador da Usina Cevasa desinfecta ônibus para transporte de funcionários

O avanço da pandemia do coronavírus gerou incertezas no setor e uma delas se referia ao início da safra de cana-de-açúcar 2020/21, na região Centro-Sul do Brasil em 1º de abril. Embora a paralisação imposta como medida de segurança à disseminação da COVID-19 tenha sido apontada como um empecilho para a largada da nova temporada, levantamento feito pelo ProCana Brasil e o Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria (Gerhai) com mais de 100 unidades do Centro-Sul do País, mostra que a operação seguiu conforme programado, sendo que muitas usinas já iniciaram o processamento da cana.

É interessante destacar que a prevenção ao coronavírus não parou o setor, ao contrário, faz dos grupos e unidades produtoras um dos melhores exemplos da agroindústria brasileira em gestão de risco e cooperação social diante do momento de crise. 

Quanto a questão operacional, o estudo elaborado pela ProCana e o Gerhai apontou que 10% das unidades já aqueceram as moendas, iniciando o ciclo no final de fevereiro e ao longo de março e nas primeiras semanas de abril. Unidades como a Barralcool, Bevap, Cerradão, Clealco – Queiroz, Denusa, Jalles Machado, Moreno, Nardini, Pedra Agroind, Pitangueiras, Santa Adélia, São Martinho, Raízen, Tereos, Baldin, entre outras, estão neste grupo. Já unidades como Grupo Farias e GVO, iniciarão a produção em maio. “As usinas pesquisadas, em sua maioria, já estão moendo dentro da sua capacidade instalada ou projetam crescimento no volume de cana a ser moída nesta safra, portanto possuem pouca margem de manobra para não deixar cana bisada para a próxima safra”, afirma Josias Messias, presidente da ProCana Brasil.

Josias destaca que a pesquisa revelou que as usinas pretendem manter a data prevista por duas razões. “A primeira é manter o cronograma necessário para moer todo o volume de matéria-prima projetado, em sua maioria com um pequeno crescimento”, diz.

Já a segunda, segundo ele, é que, apesar das várias medidas que as usinas estão tomando para mitigar os impactos da COVID-19, “as empresas demonstraram preocupação com as eventuais consequências da pandemia no andamento da safra, tais como restrições de locomoção, afastamentos por conta da doença e no suprimento de insumos fundamentais para a produção, como cal, enxofre e produtos utilizados no tratamento de água e fermentação. E a grande maioria preferiu a estratégia de manter o início da moagem como previsto, ou até antecipá-lo, visando manter um fôlego para mitigar eventuais paradas ou perdas nos próximos meses”, afirmou.

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