A União Européia apresentou ontem suas proposta para as mudanças de seu atual regime para o açúcar. Segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o Brasil pode se favorecer com a redução das exportações subsiadas do açúcar da Europa no mercado internacional.
O setor sucroalcooleiro recebeu as notícias com otimismo. Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), disse ontem, em Brasília, que se forem aprovadas, as mudanças representariam um primeiro passo para a liberalização do mercado mundial de açúcar.
Leia na íntegra as propostas da Comunidade Européia:
Preço garantido de 632 euros por tonelada (o triplo do preço mundial) cairá para 421 euros por tonelada em duas etapas (queda de 33%), ao longo de três anos
Redução do preço mínimo da beterraba sacarina de 43,6 por tonelada para
27,4 euros por tonelada (queda de 37%) em duas etapas, ao longo de três anos
A União Européia eliminará seu mecanismo para comprar excedente de
açúcar. Será substituído por um regime de armazenagem privado, com ajuda limitada da EU
Redução da produção comunitária de açúcar de 2,8 milhões de toneladas –
de 17,4 milhões para 14,6 milhões de toneladas, ou cerca de 20% – em quatro anos
Redução das exportações subvencionadas em 2 milhões de toneladas – de 2,4 milhões para 400 mil toneladas em quatro anos
Novo pagamento aos produtores de beterraba sacarina, para compensar 60% das perdas de seus rendimento
As refinarias que vão desaparecer têm duas alternativas:
a) Vender suas cotas de produção para outros operadores europeus
b) Vender a cota para a própria UE, que pagará sob o regime de conversão
de 250 euros por tonelada para as refinarias que mudarem de setor