O El Niño volta a produzir peraltices. As traquinagens começam a ser sentidas já no segundo semestre deste ano e persistem até 2003, informa estudo realizado por Vinícius Ubarana,meteorologista sênior de The Weather Channel/O Canal do Tempo.
Os possíveis efeitos do fenômeno no Brasil poderão ser sentidos de forma diferente em cada região, como por exemplo secas no norte e leste da Amazônia provocando um aumento da probabilidade de incêndios florestais; secas no norte do Nordeste durante a estação chuvosa, de
fevereiro a maio; moderado aumento das temperaturas médias no Sudeste e no Sul chuvas abundantes, principalmente na primavera e chuvas intensas de maio a julho, além do aumento da temperatura média.
O El Niño provocará secas, geadas, incêndios e outras alterações no meio-ambiente. Para o professor e doutor Pedro Dias, do departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, as previsões para este El Niño é de média intensidade.
O Estado de São Paulo poderá sofrer a influência com geadas, onde as áreas mais suscetíveis são o Vale do Paranapanema, regiões Sudoeste e Serranas (Mar e Mantiqueira). Ali, os produtores podem utilizar técnicas para evitar grandes perdas mantendo a cultura sem mato ou cobertura morta no solo; não fazer plantios em baixadas ou vales, devido ao acúmulo do ar frio; acompanhar a previsão do tempo sobre a possibilidade de ocorrência do fenômeno e se houver indicação utilizar técnicas agronômicas como a irrigação; enterrio de mudas (cafeeiro); cobertura de áreas com material que retenha calor; aquecimento e ventilação. No caso de pastagens ou cana-de-açúcar a geada irá proporcionar posteriormente um maior risco de incêndio. Confira mais informações sobre o fenômeno na edição de agosto do JornalCana.