Na medida em que impulsiona o consumo do álcool hidratado, o acordo com a Alemanha terá papel importante na redução de gases poluentes, entre aqueles que causam o efeito estufa. Fontes próximas às negociações afirmaram que, no mês passado, o governo alemão comunicou ao governo brasileiro que o Clean Development Mechanism (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), que faz parte do Protocolo de Quioto, é um instrumento adequado para conseguir progressos na proteção do clima no mundo, e que considerava atraente a proposta brasileira de aumentar a frota com mais 100 mil carros movidos a combustíveis biológicos. Além disso, haveria interesse do governo alemão de que o Brasil desenvolvesse uma estratégia de longo prazo para o melhor aproveitamento do etanol, ampliando a frota nacional com combustíveis que não agridam o meio-ambiente. Além dos dois governos, estão envolvidos na negociação a Volkswagen, que demonstrou ao governo alemão interesse em participar do projeto, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Cooperativa de Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo Ltda. (Copersucar), a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), entre outros. Nos dez anos de vigência do acordo, prevê-se uma produção adicional de pouco mais de 4 bilhões de litros de álcool, o que representaria uma receita suplementar às usinas de açúcar e álcool do País da ordem de R$ 2 bilhões, ou R$ 200 milhões por ano. A isenção de IPI será usada pelas montadoras para abater, no mesmo valor, impostos devidos. (Gazeta Mercantil)
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