A produção de biodiesel por microondas tem colocado Mato Grosso em evidência no que se refere às pesquisas de biodiesel no Brasil. Patenteada por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, essa metodologia torna o processo mais rápido pela quantidade de energia que transmite em menos tempo.
“Usando microondas, a reação química é reduzida em até 1240 vezes em ganho e tempo”, afirmou Evandro Dall’Oglio, um dos autores da patente da produção de biodiesel por microondas na palestra “Principais avanços tecnológicos para a produção de biodiesel”, proferida hoje (24) pela manhã no evento Biodiesel BR 2005.
Evandro que faz parte do Laboratório de Pesquisas Químicas em Produtos Naturais – LPQPN – da UFMT, disse que Mato Grosso está utilizando a tecnologia das microondas que é utilizada em larga escala em outros países como Itália, França e Estados Unidos.
Para ele, é importante que a tecnologia do biodiesel seja dominada no Brasil. “Temos muita matéria prima, mas ainda falta à tecnologia”, enfatiza.
Inclusive no processo de patentes por microondas, o pesquisador informou que uma empresa italiana também entrou com pedido, porém no processo de produção do biodiesel os italianos associaram o uso das microondas a base (soda caustica) como catalisador. Enquanto que os pesquisadores da UFMT, optaram pelo ácido, por isso a patente foi dada aos matogrossenses.
Atualmente, o processo mais utilizado na produção de Biodiesel é transesterificação que consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimulada por um catalisador básico ou ácido com o uso das microondas, da qual também se extrai a glicerina, produto com aplicações diversas na indústria química.