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Demanda externa para o álcool depende de condicionantes

O custo do etanol frente a outras alternativas, política tributária entre fósseis e renováveis, capacidade produtiva doméstica são alguns condicionantes para a demanda externa do uso do etanol como aditivo para combustíveis fósseis. Esta foi a conclusão do coordenador geral de Acompanhamento e Avaliação do Departamento do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Nilton de Souza Vieira, que apresentou uma palestra durante o Fórum de abertura da Agrocana 2004.

Segundo ele, com excessão do Japão, os outros possíveis exportadores querem principalmente criar condições para produzir o álcool internamente para depois importar. “Neste cenário, o Brasil poderia entrar com a exportação de tecnologias para produção alcooleira”.

Para ele, os Estados Unidos estão muito motivados com o uso do etanol porque pretendem banir o uso do MTBE, além de encontrarem alternativas para utilizar os produtos agrícolas na demanda não alimentar, em especial o milho.

“A União Européia quer cumprir as metas do Protocolo de Kyoto. Para o Japão, o uso do álcool seria apenas uma alternativa para o país, mas a China, Tailândia e Índia, querem assegurar a demanda alimentar”, explica.