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Biovalens obtém resultados expressivos no combate ao Sphenophorus com produtos biológicos

Empresa realiza experimento em canavial da Usina Catanduva reduzindo significativamente a infestação da praga

Biovalens obtém resultados expressivos no combate ao Sphenophorus com produtos biológicos

Os canaviais paulistas convivem nos últimos anos com o Sphenophorus, praga que vem afetando a produtividade e a longevidade das lavouras. Ela se espalhou para praticamente todos os estados do Centro-sul do país atingindo cerca de 1 milhão de hectares de cana, segundo especialistas. Por isso, o Grupo Vittia, através de sua empresa Biovalens, vem investindo na produção de produtos biológicos para combate ao Sphenophorus, à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.

Os resultados estão proporcionando bons níveis de controle. Um exemplo foi uma ação conjunta com o Grupo Virgolino de Oliveira na Usina Catanduva. As duas empresas realizaram em setembro de 2018, num talhão de 10 ha, a aplicação em corte de soqueira dos fungos Beauveria (0,5 kg/ha) e Metarhizium (0,5 litro/ha). Antes da aplicação, o canavial apresentava uma infestação média de 12 a 16 tocos atacados, em 4 pontos amostrais de 50 cm x 30 cm. Após 150 dias, os resultados já apontavam apenas uma média de 1 a 2 tocos atacados.

“A Beauveria e o Metarhizium estabeleceram-se muito bem no canavial e, como esperado, reduziram a população das pragas. Estamos investindo numa estratégia de manejo integrado, ampliando o uso de biodefensivos para controlar o Sphenophorus e outras pragas, sem risco de aquisição de resistência, e fazer uso de produtos químicos pontualmente, em locais onde as infestações atingirem nível crítico”, explica o Engº Agrônomo Valmir Barbosa, gerente agrícola corporativo do Grupo Virgolino de Oliveira. Segundo ele, os planos da companhia são ampliar a aplicação da Beauveria + Metarhizium na atual safra na Usina Catanduva e fazer experimentos com os biológicos nas outras três unidades do grupo.

“Essa tendência de mercado deve se fortalecer ainda mais nos próximos anos com novidades resultantes de investimentos do mercado envolvendo profissionais das áreas biológica, de tecnologia da aplicação e de rendimento de colheita”, completa Fernando Balbi, supervisor técnico do Grupo Vittia, responsável pela parceria com a Usina Catanduva. Em breve, segundo ele, espera-se que os biológicos possam ser aplicados por colhedoras, reduzindo custos e potencializando os benefícios para usinas e fornecedores de cana.

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