JornalCana disponibiliza PDF do estudo Amazônia, você precisa saber, criado por Comitê Extraordinário da Fiesp e apresentado oficialmente em 02/09.
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O trabalho é baseado em dados públicos oficiais e de diversas fontes, como institutos de pesquisas e governamentais.
O estudo foi apresentado por Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.
Foi para mais de 40 CEOs e executivos de grupos europeus com negócios no Brasil e grupos brasileiros com negócios na Europa.
49% do Brasil
A Amazônia Legal inclui:
- nove Estados brasileiros (Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão)
- e três biomas (Amazônia e partes do Cerrado e do Pantanal).
Por sua vez, ocupa 61% do território nacional (5,2 milhões de km2).
Já a área onde se encontra a Floresta Amazônica constitui 49% do Brasil (4,2 milhões de km2).
Sendo que 84% do bioma amazônia estão recobertos com vegetação nativa, segundo a Embrapa Territorial.
E equivale a uma área superior a de 15 países europeus reunidos.
Nesses 49% se encontram unidades de conservação (UCs), áreas indígenas e militares, intocáveis, portanto.
Na outra metade, 25% se encontram em áreas não cadastradas e 26% estão em propriedades privadas.
Já essas propriedades têm por obrigação preservar 80% de sua área, conforme estabelece o Código Florestal.
O trabalho elaborado pela Fiesp mostrou que as queimadas e o desmatamento têm dinâmicas distintas.
Queimadas são históricas
As queimadas são históricas e apresentam picos em função do regime de chuvas e do clima.
E podem estar associadas tanto a causas naturais – agosto é o mês mais seco – como humanas, o manejo, por exemplo.
Elas ocorrem no bioma cerrado e muito pouco no bioma amazônia por conta da umidade da mata.
E ainda são registradas em ambientes de transição e áreas já abertas.
É importante lembrar que o bioma amazônia não é homogêneo e contém áreas de cerrado.
O desmatamento apresenta queda relevante ao longo dos últimos 15 anos.
E, nesse período, houve anos com mais focos de queimadas e outros com menos.
Ou seja, não é possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito.
A conclusão do estudo indica que:
- embora o desmatamento esteja dentro da média histórica dos últimos 20 anos
- e um pouco acima da média dos últimos 10 anos
- a meta pactuada no Acordo de Copenhague [em 2009] para 2020 deve ser cumprida
- além de se somar a um esforço adicional.
A meta estabelecida de redução de 80% [ano-base 2004] se encontra no patamar de 73%.
Quanto às emissões de CO2, há a obrigatoriedade de redução na casa de 1,24 gigatonelada.
E já foram contabilizadas 2,28 gigas, quase o dobro, portanto.
Em relação ao Acordo de Paris, os índices são promissores e alguns deles foram ultrapassados.
Sendo que o Brasil tem uma matriz energética que conta com 45% de fontes renováveis, a mais limpa e diversificada do planeta.
Isso enquanto o mundo contabiliza 14% e os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 10%.
O Brasil também é líder global em conservação de florestas tropicais.