O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu ontem a continuar melhorando as condições para o investimento empresarial no País, que descreveu como uma porta de entrada privilegiada para o grande mercado latino-americano. “Pela primeira vez em décadas o Brasil não está impedindo o progresso do Brasil”, afirmou Lula durante discurso durante seminário econômico bilateral realizado em Londres.
O príncipe Andrew também estimulou os britânicos a investirem no Brasil, já que no mundo globalizado as empresas britânicas devem estar presentes nas economias emergentes, “onde existem oportunidades de negócio”, afirmou.
Ao convidar empresários britânicos a investir no País, os ministros de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, e da Fazenda, Antonio Palocci, buscaram explicar aos convidados a atual situação do País.
Furlan afirmou que o investidor estrangeiro encontra uma série de vantagens, como “uma democracia madura”, que dispõe de um “sistema financeiro sólido, transparente e estável”, e “mão-de-obra de qualidade”.
O ministro apresentou o setor de infra-estrutura como um dos mais atraentes para o investimento. “Precisamos desenvolver a infra-estrutura logística, o que cria oportunidades para empresas brasileiras e estrangeiras”, explicou.
Palocci acrescentou que o Brasil oferece oportunidades nas áreas de energias renováveis, da indústria aeronáutica, de biotecnologia, e de informática, além de exportar grandes quantidades de carne bovina, soja e automóveis.
O ministro da Fazenda também explicou aos possíveis investidores a situação econômica e fiscal, dizendo que o Brasil superou os altos e baixos econômicos de outros tempos e indicando que é capaz de crescer de forma sustentada por um longo prazo. “As finanças brasileiras estão em ordem”, afirmou o ministro aos investidores britânicos, cujas principais preocupações são a instabilidade econômica e o complexo sistema fiscal.
PIB pode crescer 4%
Questionado por jornalistas se o País alcançaria um crescimento de 4% neste ano, Palocci afirmou que o Brasil deve registrar forte crescimento econômico não apenas em 2006 como nos próximos anos. “Eu não acho que seja otimista demais”, acrescentou.
“Acho que isso está dentro dos fatores que o Banco Central leva em conta para estabelecer suas projeções. Eu acho que neste ano vamos ter um forte crescimento, mas estou certo de que não será um crescimento restrito a este ano.”
Hoje Lula deve se reunir com o primeiro ministro britânico Tony Blair.