Os custos em alta marcam a safra de cana-de-açúcar 2019/20 na região Centro-Sul.
JornalCana colheu avaliações da 19/20 com especialistas em gestão agrícola e com profissionais de unidades produtoras do Centro-Sul.
A avaliação deles é de que os altos custos preocupam ao menos no primeiro terço da temporada.
Por que preocupa?
Porque as chuvas de fevereiro e de março obrigaram unidades produtoras a atrasar o início da moagem. A média de atraso em unidades chega a 40 dias.
Uma moagem prevista inicialmente para a primeira quinzena de março só foi iniciada 40 dias depois.
Esse atraso impediu unidades de gerar caixa com a venda de etanol, uma vez que o biocombustível dá o ‘start’ no começo da safra.
Fora a demora em fazer caixa, as unidades viram os custos saltarem nas primeiras semanas de moagem.
Por que os custos saltaram?
Porque as chuvas encareceram os trabalhos de corte, carregamento e transporte (CTT).
Nilceu Cardozo, da Canaplan, fez relato dos motivos da alta de custos na 19/20 no Centro-Sul.
O relato foi durante sua apresentação em evento da Canaplan realizado em 17/04 em Ribeirão Preto (SP).
JornalCana apresenta esse relato de Cardozo:
– Cana com água
A cana está composta entre 70% a 75% com água. Significa que as operações de CTT operam com matéria-prima com até 75% de água.
– Palmito
O que chega à indústria é um ‘palmito’ grande, cheio de água. E isso encarece muito os custos da safra.
– Dúvidas sobre 2020
A safra 2015/16 também foi marcada por chuvas. Em um cenário chuvoso tem-se custos excessivos, danos às soqueiras e não sabe o que virá no próximo ano.