O mercado mundial de açúcar deverá registrar grande déficit na safra 2019/20, que tem início oficialmente em 1º de outubro próximo. A previsão é da Tereos, companhia presente em 17 países, controladora de 49 unidades industriais, sendo sete delas no Brasil e todas no interior paulista: Andrade, Cruz Alta, São José, Severínia, Mandu, Tanabi e Usina Vertente, da qual tem controle de 50% em parceria com o Grupo Humus.
A previsão de grande déficit mundial de açúcar é feita pela Tereos em seu relatório com resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre da safra 2018/19.
Segundo a empresa, a produção mundial de açúcar 2018/19 deverá mostrar apenas um superávit modesto após um superávit histórico em 2017/18. Por outro lado, as previsões para a safra 2019/20 apontam para um grande déficit.
A estimativa de grande déficit e o superávit modesto, conforme a Tereos, deverá fazer com que “em 2019 esses fatores provavelmente apoiarão a recuperação dos preços mundiais observados desde o final do verão de 2018.”
Leia também:
https://www.jornalcana.com.br/governo-deve-aproveitar-visita-aos-eua-para-discutir-reducao-tributacao-ao-acucar/
Fase de transformação
Em seu relatório, a Tereos também relata projeções sobre a produção de açúcar nos países europeus. “Na Europa, no entanto, dada a queda histórica nos preços do açúcar, é necessária uma fase de transformação, como confirmam os recentes anúncios de reestruturação das capacidades de produção”, destaca a empresa.
A Tereos destaca que para o exercício fiscal de 2018/19 os baixos preços do açúcar na Europa não permitirão que a empresa atinja um resultado líquido positivo.
“Nesse contexto, o Grupo [Tereos] anunciou uma meta de €200 milhões de ganhos através do seu novo programa ‘Ambitions 2022’, para manter uma forte competitividade a longo prazo”, relata.
Ainda no relatório, a Tereos informa que segue estudando uma possível abertura de capital de suas atividades industriais, “para perseguir sua estratégia de diversificação e internacionalização a longo prazo e fortalecer sua capacidade de gerenciar os ciclos baixos em mercados mais voláteis.”