Previsão é de alta de 4,4% em 2019, segundo o Cepea, da Esalq/USP, e é explicada pela crescente industrialização do cereal pelas unidades de etanol
O Cepea, da Esalq/USP, projeta que o consumo interno de milho em 2019 é estimado em 62,5 milhões de toneladas, elevação de 4,4% em relação à temporada anterior.
Essa alta também é projetada por conta da industrialização crescente do cereal, inclusive com novas iniciativas de produção de etanol de milho na região Centro-Oeste e a elevada produção de ração animal.
A soma da produção do milho verão ao estoque de passagem, estimada pela Conab em janeiro, estava em 15,8 milhões de toneladas ao final de janeiro/19, o que indica suprimento de 43,15 milhões de toneladas para o primeiro semestre. Este volume é equivalente a 69% do consumo doméstico no ano, cenário que deve favorecer compradores.
Para a segunda safra, a perspectiva também é de aumento na área, devido ao semeio do cereal dentro da “janela ideal”. Isso mantém a perspectiva do potencial produtivo da cultura.
Produtividade repete ciclo anterior
A Conab mantém as estimativas de área da temporada anterior em relação a produtividade. Significa que ela terá média de 5,51 t/ha. Com isso, a produção do milho segunda safra 2018/19 está projetada em 63,73 milhões de toneladas, aumento de 18% frente à temporada anterior.
Caso as estimativas da Conab se concretizem, a produção total de milho deve atingir 91,10 milhões de toneladas. Apesar da expectativa de produtividade elevada no campo, produtores estão atentos à probabilidade de El Niño em 2019. Caso esse cenário se confirme, as chuvas menos frequentes no Centro-Oeste podem impactar o desenvolvimento das lavouras, relata o Cepea.
Oferta mundial
Em termos mundiais, em seu relato o Cepea explica que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção deva atingir 1,099 bilhão de toneladas, elevação de 2,2% em relação à temporada anterior.