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Plano incentiva uso de biocombustível

O governo federal lança sexta-feira, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), em Piracicaba (SP), o Plano Nacional de Agroenergia. A iniciativa faz parte de uma ação estratégica do governo federal para aumentar a produção de biocombustíveis, por meio do etanol, biodiesel, florestas energéticas, biogás e aproveitamento de resíduos e dejetos. A partir de 2008 será obrigatório o uso de 2% de biodiesel no diesel, o que representa quase 1 bilhão de litros de biodiesel por ano.

O projeto, liderado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) prevê a criação simultânea de um consórcio brasileiro de agroenergia, que reunirá vários setores, como as indústrias de petróleo e automobilística, bem como um Fundo voltado para o setor agroenergético. Atualmente, a Empresa em parceria com universidades, e principais empresas de máquinas agrícolas como Agrale, CNH, Valtra e AGCO está realizando testes e adaptações para que os motores dos tratores aceitem mistura de 5% a 20% de biodiesel (soja, mamona ou girassol).

Na manhã de sexta-feira, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, também faz o abastecimento simbólico em um trator do Projeto Integrado Valtra Biodiesel. O experimento, homologado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi iniciado há duas semanas na Usina Catanduva, no interior de São Paulo. Durante 540 dias, tratores Valtra de 180 cv movidos a biodiesel serão submetidos a uma maratona de testes na lavoura de cana-de-açúcar. O objetivo é avaliar a performance e durabilidade das máquinas com as misturas B5-mamona (5% de biodiesel de mamona e 95% de diesel), B5-soja e B20-soja.

Durante os 18 meses de testes, os tratores vão completar quase 4.000 horas de trabalho. Patrocinado pela Valtra, o projeto tem como parceiros a Universidade de São Paulo-Ladetel de Ribeirão Preto, a Unesp de Jaboticabal, a Usina Catanduva, a Delphi, a Coopercitrus e a Texaco.

Também participam do lançamento do Plano Nacional de Agroenergia os ministros da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e de Minas e Energia, Silas Rondeau Cavalcante Silva, além do presidente da Embrapa, Sílvio Crestana.

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