INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM PROCESSOS DE DESIDRATAÇÃO ALCOÓLICA

Expressiva redução no consumo de vapor está entre os benefícios observados na Usina Tapejara, do Grupo Usacucar Santa Terezinha

O mercado sucroenergético conta uma nova ferramenta para aumentar a eficiência operacional de seu processo produtivo, o SD-PMOL, que é uma inteligência artificial voltada para a operação autônoma de peneiras moleculares produtoras de etanol anidro.

Esta nova ferramenta é fruto da união da Dedini, tradicional fornecedora de equipamentos e plantas de processamento, e da Soteica, empresa desenvolvedora e implementadora do S-PAA, que é hoje o único e mais avançado sistema de Otimização em Tempo Real (RTO) de processos industriais do setor sucroenergético.

A Dedini e Soteica tinham uma relação de cliente e fornecedor, uma vez que a Dedini utilizava os serviços e softwares da Soteica para simular condições específicas no projeto de seus equipamentos. As empresas conjuntamente perceberam que podiam unir competências para desenvolver soluções que melhorassem a operação dos equipamentos, explorando-os em seu máximo, dentro dos limites de confiabilidade e segurança.

Nesta parceria estratégica, a Dedini fornece informações importantes de seu know-how de fabricante e a Soteica utiliza tais informações, juntamente com a sua expertise no desenvolvimento de sistemas utilizando técnicas de simulação, otimização e modelagem de plantas químicas, petroquímicas e sucroenergéticas, para desenvolver uma solução que permite a operação autônoma de equipamentos.

O primeiro equipamento escolhido para a aplicação desta técnica foi a peneira molecular. Esta escolha foi motivada por conta da característica peculiar da zeólita utilizada para a desidratação do etanol. Uma vez que para retirar o potencial pleno do equipamento é importante que a carga de etanol hidratado esteja em condições específicas e que fique em contato com a zeólita por determinado tempo, de modo que a retirada de água do etanol hidratado seja a máxima possível, mas que não sature o leito, o que pode levar a perda da sua capacidade de adsorção e redução de sua vida útil.

Para atingir este objetivo o SD-PMOL calcula on-line a curva de adsorção real da zeólita, potencializando a fases de adsorção e dessorção de acordo com a realidade atual, conseguindo assim encontrar o melhor ponto de operação. Esta abordagem não é possível de ser realizada na operação com automação tradicional, e só uma ferramenta de inteligência artificial, que é capaz de aprender a condição atual de operação, aliada a um algoritmo de otimização que encontra em poucos segundos o melhor ponto de operação, pode realizar tal tarefa e lidar com as inúmeras variáveis de processo envolvidas.

A atuação a partir desta inteligência artificial gera um ciclo de benefícios:

Os principais ganhos da operação com o SD-PMOL são:

1 – Redução da Quantidade de Bateladas

• Quanto mais leito de zeólita é aproveitado em uma batelada, mais água esta batelada irá conter e menos bateladas por hora se necessita.
• Menos bateladas por hora gera menos estresse na zeólita.
• Menos estresse significa uma maior vida útil da zeólita.

2 – Redução do Consumo de Vapor na Alimentação