A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse em Ribeirão Preto, interior paulista, que até 15 de julho, no máximo, será definido o marco regulatório para as empresas que poderão participar do leilão, entre novembro e dezembro, de pelo menos 1,5 mil MW de energia elétrica a partir da biomassa do bagaço de cana e que serão incorporados à matriz energética do País.
“Será uma entrada definitiva e sustentável”, comentou Dilma, que aguarda os contatos dos representantes do setor sucroalcooleiro para definir os últimos detalhes, pois as usinas que já produzem esse tipo de energia terão até 30 de julho para se habilitar ao leilão. O contrato a ser firmado com as vencedoras terá duração de 15 anos.
“Nosso País tem hoje uma oportunidade única para aproveitar e usar o bagaço da cana, que antes era um problema e agora é solução”, comentou Dilma, citando que o potencial de geração de energia a partir da biomassa até 2010 é de 12 mil MW — o que equivale a uma hidrelétrica de Itaipu. “É uma vocação inquestionável, pois quanto mais crescem as produções de açúcar e de álcool, mais cresce a possibilidade do uso do bagaço de cana para gerar energia”, explicou Dilma.