Respondendo às grandes margens de lucro e à expressiva demanda, as refinarias dos Estados Unidos migraram da gasolina para produzir quantidades recordes de diesel e de óleo para calefação, uma medida que o governo diz que poderá proporcionar certo alívio ao carente mercado de destilados.
A produção norte-americana de destilados subiu para o recorde de 4,4 milhões de barris/dia na semana passada, à medida que as refinarias aumentaram a capacidade de produção para 97% e reduziram a produção de gasolina, informou a Energy Information Administration (EIA).
Isso permitiu que os estoques de combustíveis destilados como óleo para aquecimento e diesel, que permaneceram abaixo da sua média histórica durante meses, aumentassem 2,5 milhões de barris, totalizando 110,2 milhões de barris, ligeiramente acima do nível de três anos atrás, e sugere que as refinarias poderão ter condições de lidar com a expressiva demanda pouco comum por diesel deste ano.
“Isso me sugere que podemos formar estoques”, afirmou o analista da EIA, Doug MacIntyre. “Ainda há muito tempo para formar estoques, mas isso exigirá grandes operações das refinarias e a migração maior do que o normal para produtos destilados”, afirmou. “Se tivermos um inverno normal, ou mais frio, os estoques menores podem constituir um problema, mas ainda há muito tempo para minorá-lo”.
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Óleo de aquecimento
Os operadores da área de petróleo estão preocupados que o setor, que luta para fazer frente à grande demanda por diesel, não tenha condições de estocar suficiente óleo de aquecimento para atender satisfatoriamente à demanda neste inverno. Os dois combustíveis são basicamente idênticos, exceto pelo fato de que o diesel tem baixo teor de enxofre. Essas preocupações confirmaram a recuperação que elevou os preços do petróleo em cerca de 20%, no mês passado.
A demanda por destilados nas quatro últimas semanas está em 6,5% em relação ao mesmo período de 2004, enquanto os estoques são apenas pouco superiores, anunciou a EIA.
