A inflação medida pela segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu para 0,25% em novembro, ante taxa de 0,61% em igual prévia em outubro. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a perda de ritmo nas altas dos preços de combustíveis e de produtos siderúrgicos no atacado levaram ao recuo. A taxa, no mês cheio, é usada para reajustar o preço do aluguel. O resultado reforça as expectativas de o IGP-M fechar o ano com o menor saldo da história do índice, que começou a ser apurado em 1989.
Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, a segunda prévia – que abrange o período de 21 de outubro a 10 de novembro – mostra que “é possível” o IGP-M de novembro ficar entre 0,20% a 0,30%. Esse resultado seria pelo menos a metade da inflação em outubro (0,60%) e elevaria as apostas para o índice fechar o ano abaixo de 1,78% – a menor taxa anual da história do IGP-M, obtida em 1998. Até a segunda prévia de novembro, o IGP-M acumula alta de 1,07% no ano e de 1,81% em 12 meses.
Quadros informou que o ritmo de alta dos preços do atacado diminuiu (de 0,72% na prévia de outubro e 0,20% nesta prévia). O recuo das altas nos preços dos combustíveis e lubrificantes no atacado (de 6,96% para 1,16%) derrubou o segmento de produtos industriais (de 1,27% para 0,12%).
“Nos produtos industriais do atacado, os combustíveis foram, disparado, a maior influência.” Ele disse que os preços dos produtos industriais também foram beneficiados pela intensificação na deflação dos preços de ferro, aço e derivados (de -0,23% para -0,97%). “O setor continua operando com alto nível de estoques.”