Levantamento do Centro de Cana IAC é o maior já realizado no País, com cobertura de quase 6 milhões de hectares
Na média, a cana-de-açúcar moída na safra 2018/19 no Centro-Sul é envelhecida e a qualidade por toneladas de cana por hectare (TCH) segue em queda ante temporadas anteriores.
As variedades no quarto corte correspondem a pouco mais de 16% do total da moagem, mesmo resultado da cana de primeiro corte. Já variedades de cortes acima do quinto respondem a 19% do total do processamento.
O envelhecimento da cana é atestado pelo Censo Varietal IAC, do Instituto Agronômico, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, divulgado na segunda quinzena de novembro durante a 7ª Reunião do Grupo Fitotécnico da Cana-de-Açúcar, em Ribeirão Preto (SP).
Disputado, com a presença de cerca de 300 participantes, o evento do Grupo atesta o interesse de gerentes agrícolas de usinas e de associações de fornecedores pelo Censo. “O levantamento é um raio-X da canavicultura do Centro-Sul”, afirma Marcos Landell, diretor do Centro de Cana IAC.
O Censo destaca também que nas últimas dez safras o volume de TCH caiu de 100 para médios 70.
Os resultados atendem ao critério relação plantio/cultivo (RPC) que coleta informações de área de plantio e área total cultivada.
O levantamento coleta informações prestadas por usinas e fornecedores entre maio a novembro últimos. Nesse ano, participam 216 unidades que correspondem a uma área de 5,9 milhões de hectares com cana no Centro-Sul.
“É o maior censo de variedades do Brasil”, destaca Rubens Braga Júnior, consultor em planejamento estratégico e coordenador do trabalho.
Nas páginas seguintes o JornalCana apresenta os resultados do Censo Varietal e de estudo do Centro de Cana IAC com a intenção de plantio de cana a ser processada na safra 2019/20.