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80% dos veículos vendidos em outubro eram bicombustível

Cerca de 80% dos veículos leves vendidos no Brasil em outubro deste ano eram modelo Flex Fuel (bicombustível), que totalizaram no mês 2,3 milhões de veículos, segundo destacou nesta terça-feira, 28, o diretor da Volkswagen e representante da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) no Simpósio Internacional de Álcool Combustível, Henry Joseph Jr. Segundo ele, há hoje oito fabricantes e 43 modelos de automóveis Flex Fuel, lançados em 2003. O Simpósio é realizado desde segunda, 27, em Copacabana, na zona Sul do Rio, e será encerrado na quarta, 29.

O engenheiro da General Motors (GM), Henrique Pereira, que também participa do simpósio, disse que em 2003 a produção de modelos Flex Fuel da GM era de apenas 3% do total e hoje já chega a 95% dos modelos produzidos. Além do Brasil, a empresa produz veículos bicombustível nos Estados Unidos e na Suécia.

O início da presença global em bicombustível da GM é, na avaliação do diretor do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) da Universidade de São Paulo, Francisco Nigro, uma possível tendência de mercado internacional. Para ele, que também participa do simpósio, entre os candidatos a biocombustíveis líquidos que deverão sobressair no mercado global nos próximos anos, o álcool é o que tem mais chance de sobrevivência. Esse impulso internacional do produto será ajudado, segundo ele, pelos avanços tecnológicos que virão na segunda e terceira gerações dos modelos Flex Fuel.

Cana-de-açúcar

A produção de álcool representa hoje cerca de 48% do aproveitamento da cana-de-açúcar produzida no País e esse porcentual deverá subir para 63% até 2013, segundo estimativa do diretor da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues.

Durante o simpósio, ele sublinhou que a produção de álcool no País deverá subir de 14,8 bilhões somados em 2003 para 37 bilhões em 2013. Em 2006, a produção estará em torno de 17 bilhões de litros.

Rodrigues disse que “há algumas premissas” para que o crescimento de produção previsto pela Unica ocorra, sobressaindo entre elas a remuneração dos produtores. Para isso, segundo ele, uma das metas do setor é tentar equalizar os tributos de todos os Estados para o álcool ao nível de São Paulo, Estado no qual o ICMS para o produto é de 12%.

Além disso, ele lamentou que o mercado de álcool no Brasil ainda seja do tipo Spot, sem contratos, “o que gera alta volatilidade”. A proposta é que o produto tenha cotação definida em contratos fechados no mercado futuro.

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