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5 impactos da redução do preço da gasolina sobre o etanol

etanol2A Petrobras divulgou nota oficial na segunda-feira (04/04) na qual informa não haver previsão de mudança nos preços de comercialização da gasolina e do óleo diesel.

“Sobre o assunto, vale esclarecer que a companhia avalia permanentemente a competitividade de suas práticas e condições comerciais”, emenda a nota.

Na mesma nota, a estatal afirma não haver previsão de mudança de preços “neste momento.”

 

O comunicado da Petrobras foi feito depois de uma segunda-feira na qual as ações preferenciais (sem direito a voto) da empresa fecharam o dia com queda de 9,33% na bolsa de valores de São Paulo.

A queda foi em decorrência de informação do jornalista Lauro Jardim, de O Globo. Na edição de domingo (03/04) ,ele informou, baseado em fontes da empresa, que a Petrobras iria reduzir os preços dos combustíveis na segunda-feira (04/04).

Um dos motivos alegados para a possível queda de preços era que uma medida dessa ajudaria o governo federal a ganhar apoio popular em um período no qual a presidente Dilma Rousseff enfrenta processo de impeachment. Outro motivo seria a baixa internacional no preço do petróleo.

Independente do motivo, a queda dos preços não foi afastada, segundo informa a própria nota da Petrobras.

Levantamento divulgado pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) revela que a gasolina é vendida 18% mais caro no Brasil em relação ao mercado internacional. Já no caso do diesel, a diferença chega a 60%.

Para o setor sucroenergético, os impactos de uma possível redução de preços soaria como uma bomba, até porque a safra de cana-de-açúcar 2016/17 está em seu início na região Centro-Sul do País.

O Portal JornalCana lista a seguir 5 impactos de uma possível baixa nos preços da gasolina sobre o etanol:

1

Segundo o Procana Estatísticas, com base em dados da ANP, o preço médio do litro da gasolina no estado de São Paulo custa R$ 3,68. Se for aplicada uma redução projetada de 18%, esse preço cairia R$ 0,66, indo para médios R$ 3,02 nos postos paulistas.

2

Caso houvesse a baixa de preço em 18%, o impacto no valor que as usinas recebem pelo anidro seria imediato, na mesma proporção. Hoje, segundo o Cepea, da Esalq/USP, o produtor paulista recebe (sem impostos) R$ 2,0068 pelo litro do anidro. Se aplicada a queda de 18%, esse preço seria reduzido em R$ 0,36, caindo para médios R$ 1,65 (sem impostos)

3

O impacto de uma baixa de 18% no preço da gasolina também teria impacto imediato no valor do etanol hidratado, que, como se sabe, é competitivo se custar até 70% do valor do derivado de petróleo. Segundo o Procana Estatísticas, hoje os postos paulistas vendem o litro do hidratado por médios R$ 2,76 o litro. Uma queda de 18% faria esse preço recuar em R$ 0,50, indo para médios R$ 2,26 o litro.

4

Há projeções positivas de uma redução de preços, conforme o Portal JornalCana apurou junto a agentes do mercado. É que as vendas de combustíveis registram queda média de 10% nos primeiros meses de 2016, por conta do desaquecimento econômico. Uma redução de preços poderia tornar o hidratado novamente competitivo e ampliar suas vendas.

5

Com um rearranjo de preços para baixo, o setor sucroenergético do Centro-Sul, que está em início de safra, poderia alterar o mix produtivo, guinando mais para o açúcar, cujos preços no mercado internacional seguem oscilantes, com viés de alta, porém mais estáveis

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