11 informações prioritárias para as usinas na geração de eletricidade da cana
Das 370 usinas de cana-de-açúcar em operação no País, 175 exportam eletricidade da biomassa de cana para o sistema. Essa oferta representa 1,5 mil megawatts médios (MWM), equivalentes a 6% da matriz energética nacional.
Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, e comprovam que o setor sucroenergético tem muito a oferecer em geração de eletricidade pela biomassa da cana, hoje praticamente focada no bagaço.
Mas por que o mercado da bioeletricidade não avança entre as usinas? Há explicações já conhecidas dos profissionais do setor, como a falta de definições e de incentivo. Mas há outras, aqui esclarecidas pela especialista Josiane Palomino, gerente de gestão de geradores da Comerc Energia, em entrevista ao Portal JornalCana.
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O que é preciso para incentivar as usinas na cogeração?
Josiane Palomino – Hoje o setor [sucroenergético] se depara com duas questões no momento de investir em novas plantas: dificuldades no acesso a financiamento dos projetos e colocação da energia no mercado. São necessárias medidas como estabilidade nos processos de leilão e oportunidades de financiamento para incentivar esse tipo de fonte.
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A chegada de novos gestores no governo federal pode criar mecanismos de incentivo à bioeletricidade?
Josiane Palomino – A alteração da realidade que hoje observamos no que diz respeito a novos investimentos no setor de geração de UTEs a biomassa vai além da mudança na gestão do setor elétrico. Tem muita relevância a nova mentalidade que identificamos na nova gestão do governo, mas também se faz necessária uma revisão no modelo do setor elétrico para que possamos inserir novas possibilidades. A revisão do marco regulatório para a expansão do mercado livre e para a inserção de novos mecanismos de leilão demandam estudos e cuidados com os compromissos já firmados e envolve uma discussão mais ampla. É difícil precisar em quanto tempo esses mecanismos devem entrar em vigor.
“A revisão do marco regulatório para a expansão do mercado livre e para a inserção de novos mecanismos de leilão demandam estudos e cuidados com os compromissos já firmados e envolve uma discussão mais ampla”
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Há mercado para a eletricidade cogerada da biomassa diante uma economia ainda estagnada no Brasil?
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” Para contratos no mercado livre, entendemos que os contratos são financeiros – e deverão ser honrados independentemente da entrada em operação da UTE ou não”
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