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10 explicações sobre o impacto da seca na safra de cana do Norte-Nordeste

caA safra de cana-de-açúcar 2015/16 da região Norte-Nordeste (N/NE) do País deverá registrar moagem 14,9% inferior a da temporada 14/15.

É o que estima a consultoria INTL FCStone.

Confira a seguir 10 avaliações da consultoria sobre a safra de cana no N/NE, iniciada em meados de agosto de 2015 e prevista para ser oficialmente encerrada no próximo mês de março.

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Os efeitos da seca continuam surpreendendo o setor sucroenergético do Nordeste do Brasil. Durante a entressafra (outubro a abril) e começo da colheita da região (outubro), as áreas produtoras receberam uma média de 843 mm de chuva, 30% abaixo do mesmo período no ano passado e 32% abaixo da média histórica.

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Com isso, a INTL FCStone projeta o término da safra de cana-de-açúcar do Norte-Nordeste com moagem de 51,7 milhões de toneladas, 14,9% abaixo de 2014/15.

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Apesar dos últimos dados do Ministério da Agricultura (referentes à primeira quinzena de janeiro) apontarem queda de apenas 1,8% na moagem acumulada em relação à safra anterior, muitas usinas já estão encerrando as atividades [na segunda quinzena de fevereiro] com antecipação e a maioria das empresas prevê terminar a temporada mais cedo que o usual devido à falta de cana.

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“A maior parte das plantações nos três principais estados canavieiros da região registra produtividade agrícola inferior às expectativas”, ressalta o analista da INTL FCStone, João Paulo Botelho.

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Os efeitos da seca sobre a produção de açúcar e etanol, entretanto, tem sido ligeiramente suavizado pela melhora no Açúcar Total Recuperável (ATR) médio da cana. A INTL FCStone projeta ATR médio de 126,9 Kg/t, 1,4% melhor que a safra anterior, levando o ATR total para 6,6 milhões de toneladas, 13,7% abaixo da temporada anterior.

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Mesmo com o ATR melhor que a temporada anterior, o mix vem sendo mais direcionado para o etanol do que o esperado. A produção alcooleira deve consumir 52% da cana processada, 1,1 pontos percentuais acima da safra passada.

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Com isso, a produção de açúcar deve cair para 3 milhões de toneladas, enquanto o volume de hidratado produzido pode alcançar 970 milhões de litros e a de anidro pouco mais de 1 bilhão de litros.

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“O principal motivo para esta mudança foi a redução na paridade entre o etanol e a gasolina C nos postos da região no começo da safra, graças ao aumento na tributação sobre o combustível fóssil no começo de 2015”, pondera Botelho.

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Este aumento de preços levou a paridade nos postos a registrar entre 71% e 72% na média dos principais estados consumidores ao longo dos meses de agosto e setembro, o que representa uma queda de 6 a 7 p.p. em relação às duas últimas safras.

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Com a melhor relação de preço, a demanda por hidratado aumentou significativamente, levando as usinas a focarem neste produto.

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Fonte: INTL FCStone

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