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Pró Química assume usina controlada por Mansur

A Destilaria Pignata, em Sertãozinho (SP), deve voltar a processar cana-de-açúcar na próxima safra, após ter o plano de recuperação judicial aprovado na última semana. A usina foi adquirida pela empresa gaúcha Pró Química do Brasil, que liderou um grupo de investidores e criou a Pró Etanol para assumir a unidade e as dívidas renegociadas da Pignata. A usina ganhou notoriedade em 2010 quando teve o controle assumido pelo empresário Ricardo Mansur, ex-dono das falidas redes varejistas Mesbla e Mappin (cuja marca foi adquirida pela Marabraz) e do banco Crefisul, liquidado pelo Banco Central.

Com uma dívida de R$ 98 milhões adquirida entre 2008 e 2009, na administração da família Pignata, e ainda em 2010, quando Mansur a operou, a usina não funcionou nas duas últimas safras. Do total da dívida, R$ 81 milhões foram reconhecidos no plano de recuperação judicial, sendo R$ 1 milhão com 173 credores trabalhistas. Esses credores irão receber pagamentos mensais durante um ano.

Dos cerca de R$ 80 milhões restantes, haverá um deságio de 70% para o pagamento da dívida, exceto para os credores sem garantias reais cujos passivos somam até R$ 50 mil. “Esse deságio foi necessário para que a destilaria voltasse a operar, porque a dívida total superava o valor da companhia e a tornava impossível de ser reativada”, explicou Angelo Guerra Neto, sócio da Exame Auditores Independentes, responsável pelo plano de recuperação judicial.

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